
Vacina terapêutica do HIV como cura funcional
Publicado: 30/04/2017
Publicado: 30/04/2017
Estudo trás resultados que podem ser promissores na busca pela Cura Funcional do HIV.
Após vacina terapêutica experimental, 5 portadores de HIV mantiveram carga viral indetectável no sangue sem o uso de remédios.
Vacinas podem ser injetáveis (Exemplo: gripe) ou orais (Exemplo: poliomielite). A forma injetável é a mais comum.
Vacina preventiva é aquela dada a pessoas saudáveis para evitar que se infectem caso tenham o contato com o micro-organismo.
Já a vacina terapêutica é usada em pessoas que já estão infectadas.
O seu objetivo é ajudar o sistema imune a controlar ou eliminar a infecção.
O estudo foi feito por pesquisadores da IrsiCaixa AIDS Research Institute em Barcelona, Espanha e apresentado na Conferência anual de retroviroses e infecções oportunistas – CROI , de 2017 em Seattle – Estados Unidos
Foram selecionados 13 participantes vivendo com HIV com as seguintes características:
Após 4 semanas da suspensão dos antirretrovirais, 8 dos 13 participantes já possuíam vírus circulando no sangue por testes de rotina e tiveram que recomeçar o tratamento com ARV
Já 5 participantes (38%) mantiveram carga viral indetectável por mais 4 semanas.
Tendo que retornar o tratamento com ARV de 6 a 28 semanas após a suspensão de ARV.
Ainda não se sabe o tempo de duração desse efeito, mas poderia ser um caminho para uma cura funcional.
Esta vacina parece reeducar as células de linfócitos T para controlar o vírus HIV, mantendo a carga viral no sangue abaixo dos níveis detectados pelos testes usados, mesmo sem tomar remédios diários como é feito atualmente.
Houveram mais de 50 vacinas terapêuticas desenvolvidas anteriormente.
Nelas, não houve mais que 10% dos participantes com vírus ainda indetectável após as 4 semanas
Estudos com vacinas preventivas e terapêuticas têm fracassado pelo mesmo motivo pelo qual o nosso organismo não consegue combater o vírus sozinho.
O vírus dribla as células de defesa a través da mutação genética.
Ele muda um gene e passa a codificar uma estrutura diferente, tornando-se um vírus um pouco diferente do vírus inicial.
Assim ele fica “diferente” e o sistema de defesa não o “reconhece” e, consequentemente, não o combate.
Este sistema de defesa pode ser tanto o nosso sistema inato, como as células de defesa moldadas por vacinas
Estas vacinas terapêuticas contêm genes que codificam estruturas internas altamente conservadas.
Ou seja, o vírus não pode mudar estes genes (mutação) sem modificar sua estrutura base.
Esta parece ser o principal motivo do resultado superior dessa vacina terapêutica do HIV com relação a tentativas anteriores.
Além disso, esta vacina parece “recrutar” um número maior de células de defesa para atacar especificamente estas estruturas internadas conservadas.
Antes da vacina, cerca de 4 % dos linfócitos T (células de defesa) atacavam estas estruturas e depois dela, aumentou para 67%
É claro que este número de participantes é muito reduzido para retirarmos qualquer conclusão, mas um passo concreto foi dado.
O próximo passo agora é ampliar este estudo com um número maior de participantes e grupo controle.
Fonte:
Bom dia doutora.
este teste rapido seria uma especie de teste de 4 geração?
https://www.alere.com/pt/home/product-details/determine-1-2-ag-ab-combo.html
conhece este, doutora?