
Infecção Urinária ou IST – Como Saber a Diferença
Publicado: 16/11/2022
Publicado: 16/11/2022
Infecção Urinária ou IST – Como Saber a Diferença – Queimação, dor pélvica e ao urinar, parecem ser sintomas comuns de uma infecção do trato urinário, certo? No entanto, há outras condições que podem levar uma pessoa a se queixar dos mesmos sintomas. ITUs e ISTs são dois tipos de infecções relativamente comuns. Por afetarem regiões próximas como os órgãos genitais, a bexiga e o trato urinário, algumas vezes pode ser difícil distingui-las.
Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre as diferenças entre uma infecção urinária e uma infecção sexualmente transmissível.
A principal diferença entre infecção do trato urinário, ou simplesmente, infecção urinária e infecção sexualmente transmissível é a causa.
Infecções urinárias na grande maiorias das vezes são causadas por bactéria de nosso próprio organismo, mais precisamente da microbiota habitual de nosso trato intestinal. ou bactérias. já as infecções sexualmente transmissíveis só chegam lá se foram transmitidas por outra pessoa, geralmente atraves de relações sexuais.
O trato urinário está composto por:
Conhecida também como ITU, a infecção do trato urinário é causada por bactérias que estão naturalmente instaladas em todas as quatro partes do trato urinário, sendo elas a bexiga, uretra, ureteres e rins.
É mais comum que essa infecção se aloje na bexiga, o que pode ser chamado de Cistite. Apesar de ser uma condição leve, quando não tratada pode alcançar proporções graves, uma vez que pode se espalhar para todas as outras áreas e ocasionar danos permanentes aos rins por exemplo.
Como o próprio nome já diz, uma IST é uma infecção adquirida, na grande maioria das vezes, por meio do ato sexual sem proteção. As infecções sexuais são mais comuns do que se imagina.
Entre os exemplos clássicos de ISTs podemos citar o HIV, clamídia, sífilis, gonorreia, herpes genitais e muitos outros. Geralmente, os sintomas iniciais dessas condições se apresentam de modo semelhante aos de uma infecção do trata urinário.
Os sintomas das IST e ITUs são muito parecidos pois trata-se de sintomas relacionados à inflamação do trato urinário, e não à causa em sí.
Existem até quadros não infecciosos que cursam com sintomas parecidos (cistite intersticial ou bexiga dolorosa)
A saida de secreção pelo canal da urina, logo antes de urinar ou mesmo fora do momento da diurese, não é comum nas infecções urinárias, exceto em situações especiais com complicações, como abscessos, mas via de regra, não costumamos ver secreção de qualquer tipo na urina durante a infecção urinaria.
Infecções urinarias são mais comuns em mulheres que em homens.
Isso se deve a uma questão anatômica, a uretra do homem é mais comprida e bem mais distante da maior fonte de bactérias para as infecções urinárias que é o ânus.
Então o homem jovem saudável vai ter uma infecção urinária causada por um germe do trato gastrointestinal, principalmente se tiver relações anais ativas sem camisinha.
Concluindo, se um homem jovem saudável, apresentar secreção uretral (pelo canal da urina), devemos pensar na possibilidade de uma ISTs.
Os sintomas abaixo podem estar presentes em uma infecção sexualmente transmissível e que não estão associados a infecção do trato urinário:
Na suspeita de qualquer processo inflamatório no trato urinário a primeira medida a ser feita. primeira mesmo, antes de qualquer antibiótico, deve ser a coleta da urina para anáise.
Será feito análise de rotina, ou urina I e exames de culturas que também nos permite saber o perfil de sensibilidade dessas bactérias.
O problema é que grande partes da ISTs que causam sintomas parecidos a infecção urinária, são dificeis de aparecer em exame de cultura geral para bacterias e facilmente pode dar falso negativo (resultado de exame negativo em quem tem a doença)
Como se não bastasse, quadros de ISTs com sintomas de inflamação do tratao urinário, não necessariamente cursam com alterações no exame de rotina da urina.
Por isso é fundamental realizar os 2 tipos de exames microbiológicos na urina
Além de obviamente realizar também o estudo de antibiograma que nos dará o perfil de sensibilidade dsa bacterias.
Em nenhum dos casos a infecção desaparecerá sozinha. Após diagnosticado, você entrará em regime de tratamento.
O tratamento para ambos os casos pode ser iniciado de forma empírica após a coleta da urina para realização dos exame. Porém, o ajuste do tratamento após resultados das culturas deve ser feito.
No caso das infecções urinárias não é necessário tratar o parceiro na maioria dos casos, exceto em situações especiais de infecções urinárias de repetição sempre pelo mesmo agente onde algum mecanismo de reinfecção com o parceiro pode estar associado.
Mas geralmente as reinfecções nas ITUs de repetição estão associadas a outros fatores (saiba mais aqui).
Agora, no caso das ISTs é bem diferente. Aqui é fundamental o tratamento da pessoa infectada e de seu parceiro ou parceira, mesmo que ele/a não tenha sintomas. Na verdade, o exame do parceiro antes do tratamento pode ser dispensável a partir do momento, em que um exame negativo não exclui a infecção e o tratamento do parceiro estará indicado independente do resultado desse exame.
Por último, o exame de controle que deverá ser coletado alguns dias após o término do tratamento precisa ser feito para confirmar a resolução do problema.
Publicado em 26 de Junho de 2020. Atualizado em 16 de Novembro de 2022
Fontes.