
Infecção de Corrente Sanguínea Relacionada a Cateter – Sintomas e Tratamento
Publicado: 28/06/2022
Publicado: 28/06/2022
O cateter venoso é uma das muitas abordagens médicas utilizadas para a inserção de medicamentos e outras substâncias a longo, médio e curto prazo diretamente na corrente sanguínea de um paciente. Por ser um agente externo acoplado ao nosso organismo, muitas das vezes por um longo período de tempo, é necessário que haja muito cuidado nos procedimentos de uso para evitar grandes danos à saúde do paciente.
Em ambientes fora do hospital, são muito utilizados para tratamentos antibióticos endovenosos prolongados (em regime de home care) e de cânceres nos quais os medicamentos prescritos podem ser administrados sempre pelo mesmo local, sem a necessidade de puncionar as veias dos braços.
Quando não cuidado corretamente, esse tipo de dispositivo pode causar diversos tipos de infecção. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre os sintomas e tratamentos das infecções causadas pelo uso de cateter venoso.
Cateter venoso é o nome dado a um dispositivo médico utilizado para infundir medicamentos diretamente na corrente sanguínea.
A implantação de um cateter faz com que o paciente tenha mais conforto e segurança ao longo dos dias, seja para receber os medicamentos ou até mesmo para a introdução de outras soluções como por exemplo o soro ou bolsas de sangue.
Quando falamos em cateteres venosos, logo podemos dizer que existem dois principais tipos de acesso venoso:
Procedimento comum no qual o cateter é introduzido em uma veia periférica de fino calibre, geralmente nas extremidades, mãos, braços, pés ou mesmo no pescoço.
São sempre de curta permanência. Podem ser colocados para administração imediata de alguma substância e retirado logo após o seu término ou permanecer por alguns dias.
Procedimento invasivo utilizado para casos de maior complexidade no qual o cateter é introduzido em uma veia de maior calibre.
Usados em situações nas quais o paciente precisa receber maiores quantidades de soro e soluções medicamentosas, medicamentos mais irritantes, por longos períodos de tempo, ou mesmo, pacientes com dificuldade de acesso venoso periférico.
A introdução do cateter é realizada na região das veias centrais como jugular interna, subclávia ou femoral.
Pode ser de inserção direta na veia central, ou acesso venoso central de inserção periférica (PICC)
Frequentemente evoluem com complicações. Na grande maioria das vezes de pouca gravidade:
São os mais perigosos, pois suas complicações na maioria das vezes, são potencialmente mais sérias como:
Possuem um índice menor de complicações, mas quando ocorrem, também costumam ser potencialmente sérios como
A infecção de corrente sanguínea relacionada ao uso do cateter é umas das principais complicações que esse dispositivo pode causar ao paciente, levando a um maior tempo de internação e em casos mais extremos ao óbito.
Um paciente com infecção pode apresentar sintomas como febre alta, hipotermia, calafrios, hipotensão arterial (choque séptico), taquicardia, sensação de cansaço, prostração (sonolência extrema), confusão mental, hiperglicemia.
Algumas alterações no local de inserção do cateter podem nos remeter ao diagnóstico: pele vermelhidão, edema (inchaço), dor local, aumento da sensibilidade, presença de pus.
Mas muitas vezes não será possível observar nenhuma alteração. Por isso que sempre que houver qualquer suspeita de infecção em uma pessoa com acesso venoso, a infecção por essa via deve sempre estar entre os diagnósticos mais prováveis.
Para se confirmar o diagnóstico é necessário coletar 2 amostras pareadas de sangue para culturas: uma do sangue periférico e outra do cateter ao mesmo tempo e devem ser enviadas ao laboratório devidamente identificadas.
Quando o cateter é retirado, sua ponta também pode ser enviada para culturas, mas sempre acompanhado das duas amostras de sangue mencionadas acima. Nunca sozinho. (uma cultura de ponta de cateter positiva pode evidenciar apenas uma colonização por bactéria de pele e sozinho não é capaz de fazer o diagnóstico) podendo inclusive prejudicar o julgamento do médico e consequentemente o tratamento do doente.
O tratamento de uma infecção de corrente sanguínea associada ao cateter deverá sempre ser feita com antibióticos endovenosos.
Inicia-se sempre com antibióticos de amplo espectro conforme a microbiota da instituição e especificidades do paciente e após os resultados das culturas, avalia-se o ajuste da medicação.
Sempre que possível deve-se deixar de utilizar a via infectada e retirar o acesso o mais rápido possível.
Para se conseguir um novo acesso, preferencialmente não deve ser feito no mesmo local no qual estava o acesso possivelmente infectado.
O tempo entre a suspeita diagnóstica, coleta de exame e início da medicação deve ser muito rápida pois a agilidade desse processo pode fazer a diferença entre a vida e morte do paciente em sepse.
Para prevenir o surgimento de infecções, pacientes que possuem a inserção de cateter devem tomar alguns cuidados para evitar a proliferação de bactérias e outros agentes causadores de doenças.
Um dos cuidados mais importantes é atentar-se à higienização do local, principalmente quando o cateter não está sendo utilizado.
O manuseio do acesso deve ser sempre feito por profissional treinado para isso.
Lavar as mãos, utilizar luvas, máscaras de proteção e materiais assépticos é essencial na hora de manusear o dispositivo para que não haja nenhum tipo de contaminação cruzada.
Deve-se buscar ajuda sempre que:
Para mais informações, converse com seu médico de confiança.