Vacina contra o HPV é estratégia contra o câncer

Publicado: 01/08/2016


Estima-se que 50% dos homens e mulheres sexualmente ativos vão adquirir o  Papiloma Vírus Humano (HPV)  em algum momento de suas vidas.

A maior parte das infecções pelo vírus evoluem sem sintomas e são eliminados naturalmente do organismo após alguns meses.

Uma em cada 13 infecções pelos tipos oncogênicos do HPV (tipos do vírus que causam câncer) podem evoluir com persistência da lesão e progressão para lesões pré-cancerígenas ou câncer propriamente dito.

O que a presença do HPV pode causar:

  • Câncer de colo uterino
  • Câncer de vulva,
  • Câncer de vagina,
  • Câncer em pênis,
  • Câncer em orofaringe,
  • Câncer em região perianal,
  • Câncer em ânus
  • Câncer em reto.

Basicamente qualquer área de mucosa que tenha contato direto com fluidos sexuais contaminados pelo vírus.

O CDC (Centers for Disease Control and Prevention) avaliou os dados sobre Cânceres relacionados ao HPV entre 2.008 e 2.012 nos Estados Unidos e encontraram um aumento do número de novos casos tanto em homens quanto em mulheres.

A incidência maior do câncer de orofaringe ocorreu em homens e de câncer retal ocorreu em mulheres.

A vacina contra o HPV é a principal forma de prevenção desses tipos de cânceres em jovens (homens e mulheres) de 9 a 13 anos segundo a OMS, pois reduzem o risco de infecção causada por alguns subtipos de HPV mais relacionados ao câncer.

Essas vacinas são feitas de vírus inativados e portanto, são incapazes de causar doenças.

São contraindicadas apenas em gestantes e em casos de pessoas com alergias a algum componente da fórmula.

Vacinas existentes no Brasil:

  • Bivalente (contra os subtipos 16 e 18) indicada apenas para mulheres de 10 a 25 anos. Esquema de doses: 0, 1 e 6 meses;
  • Quadrivalente (contra os subtipos 6, 11, 16 e 18). Esta vacina é recomendada para mulheres e homens de 9 a 26 anos. Esquema de doses: 0, 2 e 6 meses.

Os subtipos 6 e 11 estão relacionados a 90% das verrugas genitais. Enquanto que os 16 e 18 causam  70% dos cânceres de colo de útero.

Ainda que o ideal seja a administração da vacina para pré-adolescentes, antes do início da vida sexual, quando são maiores as chances de prevenir a infecção antes da exposição, também existe benefício para pessoas que já têm vida sexual ativa, inclusive para aquelas que já possuem o HPV.

Pois mesmo que a pessoa tenha tido exposição a um dos vírus presentes na vacina ela ainda terá benefícios ao se prevenir contra infecções causadas pelos outros subtipos.

As vacinas atuais são de uso exclusivamente preventivo, não tendo nenhum papel no tratamento de lesões genitais ou na eliminação de infecções pelo HPV prévias.

Fonte:

 

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