
Delirium Infeccioso: Você já Ouviu Falar?
Publicado: 17/10/2023
Publicado: 17/10/2023
Desorientação, confusão mental, falta de concentração ou atenção são alguns dos principais sintomas de um quadro de Delirium, condição que afeta principalmente idosos com quadros de infecção ou que estejam passando por internação hospitalar.
Os quadros de delirium são comumente confundidos com quadros de delírio. Apesar de possuírem nomes muito semelhantes, as duas condições se tratam de quadros completamente diferentes. Continue a leitura deste artigo e conheça mais sobre o Delirium Infeccioso.
Conhecido também como estado confusional agudo, o Delirium nada mais é do que um tipo grave de perturbação da função mental de uma pessoa, onde há a presença de distúrbios da consciência, alteração da memória, confusão mental e capacidade de concentração reduzida.
Ao contrário do delírio, o Delirium não é tratado como um sintoma de alguma doença psiquiátrica ou transtornos psicóticos. Deste modo é possível diferenciar as duas condições.
Existem diversas causas para que uma pessoa apresenta quadros de delirium. Por ser uma condição multifatorial o paciente pode ter um ou mais fatores de risco como por exemplo:
Apesar de ser uma condição frequente em pacientes com mais de 75 anos, pode ocorrer com qualquer pessoa a qualquer idade, uma vez que essa condição não é considerada uma doença.
Um dos sintomas mais claros do quadro é a confusão e desorientação mental, por isso, pacientes que apresentam o quadro podem apresentar problemas como:
Existem três padrões que uma pessoa pode apresentar:
Nesse tipo de quadro o paciente afetado pode apresentar maior agitação, agressividade, combatividade, sono ruim durante a noite, perda de filtro ao falar sobre determinados assuntos.
Ao contrário do primeiro tipo, este envolve níveis mais baixos de atividade, o que dificulta seu diagnóstico já que pode ser confundido com fadiga ou depressão. O paciente afetado apresenta apatia, expressões faciais reduzidas, não fala muito, falta de interesse pelo que ocorre ao seu redor, movimentação lenta e capacidade de resposta reduzida.
Este é a combinação dos dois tipos de Delirium citados anteriormente, desta forma, o paciente ainda se encontra confuso, no entanto, seu nível de atividade é considerado semelhante ao normal.
Pacientes acometidos por esse tipo de delirium podem alternar entre fases hiperativas e hipoativas.
Podemos dizer que não existe um tratamento ou medicamento específico que seja utilizado para o Delirium. Os médicos responsáveis pelo caso devem realizar o acompanhamento necessário para que a condição seja controlada ou revertida a partir de medidas que envolvem o tratamento das possíveis causas.
Desta forma, o tratamento deve ser direcionado à doença ou à condição que está provocando o estado confusional no paciente. Porém, mais importante do que tratar o delirium, é tentar prevenir o seu aparecimento evitando alguns dos pontos já citados neste artigo, como por exemplo, a utilização de diversos medicamentos simultaneamente, imobilidade do paciente, utilização de sondas e cateteres por longos períodos de tempo entre outros.
Caso perceba esse tipo de comportamento em algum familiar ou ente querido, não deixe relatar ao médico responsável para que as medidas de contenção do delirium sejam tomadas o mais rápido possível.