
HIV e Fígado – Explorando a Conexão entre HIV e Saúde Hepática
Publicado: 22/08/2023
Publicado: 22/08/2023
HIV e Fígado. Pacientes diagnosticados com a presença do vírus da imunodeficiência humana no organismos podem ter mais chances de desenvolver problemas na região do fígado mesmo sem a presença de outros fatores associados.
Isso ocorre pois pessoas que vivem com HIV possuem um processo inflamatório crônico generalizado que pode não ser tão significativo em pacientes com carga viral indetectável, mas ainda assim não é igual a uma pessoa que não possui o vírus. Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a relação entre o HIV e o Fígado.
A Inflação corporal causada pela presença do HIV acaba alterando o organismo como um todo, aumentando assim o risco do desenvolvimento de vários problemas, não relacionados à AIDS. Entre estes possíveis problemas estão: alterações do metabolismo do colesterol, diabetes, problemas cardíacos, etc.
O fígado é um órgão diretamente responsável, ou participativo, por vários processos que garantem o bom funcionamento de nosso organismo, como por exemplo:
Problemas relacionados ao fígado constituem importantes causas de complicações e morte em pacientes com HIV. Antigamente esta preocupação se concentrava em pessoas com co-infecções como HIV + Hepatite B ou Hepatite C. Mas agora isso tem mudado.
Mais de 1 terço de pessoas com HIV, ou seja, soropositivas, possuem doença hepática gordurosa não alcoólica. Mesmo sem ter outras doenças que atacam o fígado como hepatites virais crônicas, existe co-infecção frequente nestes pacientes.
Gordura no fígado associada à síndrome metabólica é um problema crescente em pessoas obesas, por isso, se você apresenta comorbidades, o ideal é sempre ficar de olho na saúde.
Síndrome metabólica é uma coleção de alterações metabólica que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como por exemplo:
Estas complicações podem ser fases de um mesmo processo mas não é preciso passar por todas estas fases para se ter complicações.
Também conhecida como doença hepática gordurosa não alcoólica, a esteatose hepática pode ser representada por:
A doença hepática gordurosa não alcoólica não tratada pode evoluir para NASH
Além disso, a esteatose hepática em si, já é um fator de risco para doenças cardiovasculares.
Derivada do termo em inglês, NASH, é um tipo de hepatite crônica ativa de causa não infecciosa. Ou seja, uma inflamação do fígado com lesão em nível celular. Se não tratado, o processo de inflamação crônica leva ao dano contínuo da estrutura do fígado, superando a capacidade de regeneração, causando fibrose.
Dependendo do grau de fibrose, a doença evolui para a cirrose e ou câncer do fígado. No entanto, não é necessário ter cirrose para desenvolver câncer. O processo inflamatório crônico em si já é um fator de risco para câncer do fígado.
Existem vários medicamentos sendo estudados, mas até o momento, nenhum é tão eficaz e livre de efeitos colaterais e interações quanto as medidas abaixo:
Para mais informações sobre a relação do HIV com a gordura no fígado procure seu médico infectologista e não deixe de realizar check-ups periódicos para monitorar melhor sua saúde.
Artigo Publicado em: 20 de agosto de 2018 e Atualizado em: 22 de agosto de 2023