
Gripe Ameaça Saúde das Gestantes
Publicado: 08/09/2020
Publicado: 08/09/2020
Gripe Ameaça Saúde Das Gestantes. Infecções respiratórias virais são bastante prevalente, principalmente em tempos mais frios quando há maior circulação dos mais variados tipos de vírus. No entanto, infecções causadas pelo vírus tipo Influenza podem ameaçar a saúde das futuras mamães. Além disso, o adoecimento durante a gestação tem sido associado a um maior risco de morte ao nascer ou a partos prematuros.
Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre como a gripe pode se tornar uma grande vilã para as gestantes.
O que comumente chamamos de gripe são na verdade, resfriados comuns, geralmente quadros benignos e autolimitados.
Gripe, na verdade, é uma infecção causada por vírus de tipo Influenza
Quando afetadas por uma gripe, as gestantes apresentam maior risco de desenvolver comorbidades como:
Além disso, o adoecimento durante a gestação tem sido associado a um maior risco de morte ao nascer ou a partos prematuros.
Pesquisadores na Austrália Ocidental avaliaram 58.000 nascimentos ocorridos entre Abril de 2012 e Dezembro de 2013. Foram desconsiderados outras causas de morte ao nascer, como o tabagismo materno, que poderiam alterar os resultados.
Entre as gestantes vacinadas houve uma incidência de 3 mortes ao nascer para cada 100.000 gestantes/dia.
Já entre as não vacinadas, houve uma incidência de 5 mortes ao nascer para cada 100.000 gestantes /dia.
Esses dados são significativos e embasam a orientação de vacinar todas as gestantes contra a gripe.
O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica de Nº 05/2010. Nela descreve-se a estratégia de vacinação contra o vírus Influenza A (H1N1) em gestantes.
Orientam que elas devem ser vacinadas contra a Gripe, independente da sua idade gestacional.
Reações adversas graves à vacina da gripe são bastante raras (veja mais aqui)
Nos casos de doença febril aguda, passada esta fase, a vacina poderá ser administrada normalmente.
O Comitê Consultivo em Práticas de Imunizações (ACIP), do Centro de Controle de Doenças (CDC), assim como o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI) do Ministério da Saúde e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a vacinação de rotina contra a influenza para todas as mulheres gestantes durante o inverno.
Durante a epidemia da influenza sazonal, pandemias anteriores e a pandemia pela influenza A (H1N1)pdm09, a gravidez colocou as mulheres saudáveis em risco aumentado, sendo as gestantes consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, reforçando a necessidade da vacinação.
As puérperas, ou seja, aquelas que acabaram de dar a luz, apresentam risco semelhante ou maior do que as gestantes, de ter complicações em decorrência da influenza.
Mertz et al (2013)30 publicaram uma revisão sistemática e metanálise de 63.537 artigos sobre o risco de complicações graves associadas à influenza.
Eles verificaram que a presença de qualquer fator de risco/comorbidade aumentou o risco de morte por influenza sazonal em:
As puérperas tiveram um risco de morte por influenza A (H1N1)pdm09 4,4 vezes maior. No Brasil, desde 2013, as puérperas, no período de até 45 dias após o parto, foram incluídas no grupo alvo de vacinação.
Caso você comece a se sentir doente e apresente os sintomas típicos da gripe como tosse, febre, dores pelo corpo, fadiga e dor de cabeça, entre em contato com o seu médico de confiança imediatamente. Ele analisará seu caso e definirá a melhor forma de tratamento para que seu bebê não seja afetado.
Previna-se, tome a vacina da gripe, evite contato com pessoas doentes, higienize suas mãos regularmente e siga todas as instruções passadas pelo seu médico.
Referências:
Artigo Publicado em: 13 de jun de 2016 e Atualizado em: 08 de setembro de 2020