Leishmaniose Visceral: Trata-se de uma zoonose, doença infecciosa que afeta principalmente os animais e o homem é um hospedeiro acidental.
Leishmaniose Visceral
É uma doença grave e o atraso no diagnóstico e tratamento aumenta as chances de morte.
É endêmica em 65 países e, no continente americano, está descrita em pelo menos 12.
Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil.
A doença pode ocorrer como infecção oportunista em pacientes com aids, contudo, não é preciso ter HIV para adoecer
Quem causa a Leishmaniose Visceral?
Protozoários Leishmania chagasi
Como se transmite?
A Leishmaniose não se transmite de pessoa para pessoa.
Para que ocorra a transmissão é necessária uma cadeia.
A transmissão ocorre através da picada de insetos transmissores infectados.
Vetores
Os vetores transmissores da Leishmaniose são mosquitos flebotomíneos conhecidos como mosquito-palha, tatuquira, birigui, entre outros

Hospedeiros da Leishmaniose Visceral
Os reservatórios da Leishmaniose são os animais que permitem a manutenção e circulação do parasita na natureza.
A principal fonte de infecção na área urbana é o cachorro.
Já no ambiente silvestre as fontes são as raposas e os marsupiais

Fatores que aumentam o risco de morte
- Pessoa portadora de HIV/AIDS
- Menores que 1 ano
- Maiores que 40 anos
- Dispneia (falta de ar)
- Icterícia (pele amarelada)
- Queda das plaquetas no sangue
- Sangramentos
- Sepse (infecção generalizada)
- Necessidade de hemotransfusões
- Desnutrição grave
- Infecção bacteriana associada
- Presença de diarreia e vômitos
- Edema (inchaço no corpo)
- Febre há mais de 60 dias
- Piora da função renal
- Lesão hepática importante
Período de incubação
10 dias a 24 meses, com média entre 2 a 6 meses.
Sintomas
A Leishmania se multiplica dentro dos macrófagos, células importantes no nosso sistema imune.
Assim os macrófagos vão sendo destruídos enfraquecendo a imunidade do doente
Grande parte dos infectados não apresentam sintomas da doença
Período inicial
- Sem comprometimento do estado geral
- Febre com duração inferior a quatro semanas
- Palidez cutâneo-mucosa
- Hepatoesplenomegalia discreta
- Diarreia
- Tosse seca
- Anemia discreta
Período de estado
- Quadro arrastado com mais de 2 meses de evolução
- Comprometimento do estado geral
- Febre irregular associada a emagrecimento progressivo
- Palidez cutâneo-mucosa
- Aumento da Hepatoesplenomegalia
- Anemia, trombocitopenia (queda de plaquetas) e leucopenia (células brancas)
Período final
- Febre contínua
- Comprometimento mais intenso do estado geral
- Desnutrição (cabelos quebradiços, cílios alongados e pele seca)
- Edema (inchaço) dos membros inferiores que pode evoluir para anasarca (edema generalizado)
- Sangramentos (epistaxe – sangramento do nariz, gengivorragia – sangramento da gengiva e petéquias – manchas na pele por sangramento dos pequenos vasos sanguíneos)
- Icterícia (pele e olhos amarelados)
- Ascite (água no abdome)

Diagnóstico da Leishmaniose Visceral
- Testes sorológicos (como imunofluorescência indireta-IFI ou e Ensaio Imunoenzimático – ELISA)
- Intradermorreação de Montenegro reativa – IDRM
- Aspirado de medula óssea, baço, fígado ou linfonodos mostrando a presença do parasita
- Culturas
- Teste moleculares
Tratamento
- Antimoniais
- Anfotericina B
Fonte: