
Saiba Mais sobre o Zika Vírus
Publicado: 11/03/2017
Publicado: 11/03/2017
O vírus recebeu o nome da floresta onde o vírus foi identificado pela primeira vez.
Essa floresta Zika fica na Uganda – África. Nesse lugar, se monitorizava macacos sentinela para vigilância da febre amarela.
Ele foi isolado em um macaco chamado Rhesus em 1947.
Durante muitos anos houveram apenas relato de casos esporádicos de infecção pelo Zika em humanos no Sudeste da Azia e Africa Sub-sahariana.
Em 2007 houve um surto na Micronesia e em 2013 e 14 uma epidemia na Polinesia francesa e outros países próximos.
Até então a infecção pelo Zika era considerada de evolução mais benigna que a própria Dengue, pois a maioria dos casos conhecidos apresentavam quadro clinico brando.
Apenas em 2015 com a chegada do vírus nas Américas onde encontrou um vetor (nome dado ao animal que transmite a doença), muito bem estabelecido e distribuído que é o mosquito Aedes aegypti, foi que houve um aumento dramático dos casos e começamos a conhecer melhor o vírus e suas prováveis consequências e comportamentos.
Em Julho de 2015, o Brasil notificou uma associação entre a infecção pelo vírus Zika e a síndrome de Guillain-Barré.
Em Outubro de 2015, o Brasil notificou uma associação entre a infecção pelo vírus Zika e a microcefalia.
Esses mosquitos normalmente depositam seus ovos em água parada.
Eles preferem viver dentro de casa e ao ar livre, perto de pessoas para picar as pessoas. Apenas a fêmea pica as pessoas.
O mosquito se infecta ao picar uma pessoa que já possui o vírus circulando no sangue. Uma vez infectado, ele transmite a infecção a outras pessoas ao picá-las.
A mãe gestante que se infecte pode passar o vírus para o seu feto. A transmissão pode ocorrer durante toda a gestação.
Tanto o homem quanto a mulher podem transmitir o vírus da Zika pela relação sexual sem preservativo.
O período de transmissão começa alguns dias antes da pessoa ficar doente, até alguns dias depois da resolução dos sintomas.
Ainda não se sabe como o vírus chega no fluido seminal nem exatamente quanto tempo após os sintomas, pode ser transmitido por essa via.
Sabemos apenas que o vírus permanece mais tempo no esperma que em outros locais como fluido vaginal, sangue e urina.
Há vários casos suspeitos de transmissão do Zika por transfusão de sangue no Brasil que ainda estão sendo investigados. Durante o surto polinésio francês, 2,8% dos doadores de sangue foram positivos para Zika.
Em surtos anteriores, o vírus já foi encontrado em doadores de sangue
Ciclo de transmissão do vírus zika – Fonte: CDC
Os sintomas de infecções como Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela, Malária, etc, são muito parecidos.
Exame físico e história da doença pode até nos fazer pensar em um diagnóstico em específico, mas não podemos confirmar ou descartar o diagnóstico apenas por esta via.
A maioria das pessoas que adoecem pelo vírus, apresentam apenas sintomas brandos:
É baixa, geralmente menor que 38,5°, dura de 1 a 2 dias
Aparecem em 90 % dos casos e surgem já no 1º ou 2º dia de sintomas
De intensidade leve a moderada. Afeta principalmente punhos e mãos e se recupera totalmente depois do quadro inicial
Leve intensidade
Pode ser em todo o corpo de intensidade moderada a intensa
Principalmente atrás das orelhas
Intensidade moderada
Outros sintomas que podem aparecer:
A criança infectada pode desenvolver várias alterações congênitas como microcefalia ou outras alterações, principalmente neurológicas.
Essas complicações podem se manifestar:
Isso vai variar principalmente de acordo ao momento gestacional no qual o bebê foi infectado.
Importante: Não há relatos de transmissão do vírus zika pelo leite materno. Mães infectadas devem amamentar seus filhos.
A Infecção pelo Zika Vírus não causa complicações apenas em bebês.
Pode causar complicações em adultos como:
Não existem alterações nos exames de sangue de rotina que sejam exclusivas da infecção por Vírus Zika. Mas algumas alterações podem ser observadas nela e em outras infecções virais:
O período virêmico (vírus circulando no sangue) não está totalmente estabelecido.
Acredita-se que seja curto, o que permitiria a detecção direta do vírus em até 4-7 dias após o início dos sintomas, idealmente até o 4º dia.
Os ácidos nucleicos do vírus (material genético) foram detectados em humanos entre 1 e 11 dias após início dos sintomas e o vírus foi isolado em primata não-humano até 9 dias após inoculação experimental.
O tipo de teste que deve ser realizado varia de acordo ao tempo de evolução dos sintomas e com o material usado para fazer o exame.
Pessoas que podem ter resultados sorológicos reagentes ou positivos para Zika, mesmo não tendo a infecção:
Outras doenças que podem ser confundidas com Zika:
Febre mais elevada, mialgia mais intensa, astenia mais acentuada, podendo complicar com hemorragias e alterações hemodinâmicas, incluindo choque.
Não costuma causar conjuntivite. Alterações laboratoriais expressivas, com hemoconcentração, plaquetopenia e alteração das enzimas hepáticas.
Febre elevada assim como se observa na dengue, sendo o maior diferencial a intensidade da poliartralgia/poliartrite de início súbito e debilitante, podendo está associado a edema articular/periarticular desde o início do quadro.
Rash cutâneo pruriginoso pode estar presente com duração habitualmente menor do que na zika. Pode cursar com conjuntivite leve.
Pode causar artrite ou artralgia aguda e simétrica, mais frequentemente nas pequenas articulações das mãos e pés, pulsos e joelhos. Frequentemente se observa rash cutâneo.
Costuma causar febre baixa e coriza. Presença de rash cutâneo inicialmente na face e se espalha para o tronco. Pode haver artrite e linfadenopatia.
Presença de febre, tosse, dor de garganta, coriza, conjuntivite e linfadenite. Manchas de Koplik podem preceder o rash generalizado.
Caracteriza-se pela ocorrência de febre, cefaleia, mialgia e exantema maculopapular, centrípeto e não pruriginoso. Como complicações são descritas sufusões hemorrágicas, hemorragias, insuficiência respiratória, insuficiência renal, alterações neurológicas e choque.
Periodicidade da febre, paroxismo, insuficiência renal, icterícia, alteração do nível de consciência, hepato ou esplenomegalia e história de exposição em áreas de transmissão.
Mialgia intensa, sufusão ocular, icterícia rubínica, oligúria, hemorragia subconjuntival. História de exposição a águas contaminadas.
Atualmente não existe tratamento específico para nenhum desses vírus, o que existe é apenas controle dos sintomas e suporte clinico quando necessário até que o próprio organismo da pessoa combata o vírus e se recupere.
Gestantes que apresentem sintomas compatíveis com zika (que incluem febre, erupção cutânea, dores articulares, e olhos vermelhos) devem ser priorizadas para investigação laboratorial para diagnóstico da infecção pelo vírus zika.
Não existem evidências que sugiram que as gestantes são mais susceptíveis à zika ou que apresentem uma doença mais grave que outros indivíduos.
Exame laboratorial positivo ou inconclusivo para zika deve-se considerar ultrassonografias (USG) seriadas.
Não existe vacinas para prevenção do Zika Vírus
Como eliminar o mosquito transmissor do Zika Vírus
Como o combate ao mosquito Aedes é a nossa principal arma de combate à doença, isso deve ser prioridade para todos nós.
Dedicando apenas 10 minutos por semana para revisar toda a casa ou apartamento, podemos salvar vidas, inclusive a de nossas famílias.
Se ficarmos passivos esperando apenas que o governo faça sua parte no combate ao mosquito, só teremos o que perder.
Caso você veja um foco de criação de mosquito no terreno vizinho, ou em qualquer outro lugar, denuncie.
Isso pode ser feito por telefone, e-mail ou até pessoalmente de acordo a cada localidade no Brasil.
A prefeitura de São Paulo vai começar a usar dados de um aplicativo de celular google play e apple store para combater o mosquito da dengue.
E qualquer pessoa já pode denunciar um possível criadouro.
A OMS definiu algumas estratégias para combate à infecção em todo o mundo:
Fonte: