
Vírus da Raiva: infecção mais letal do mundo
Publicado: 31/05/2018
Publicado: 31/05/2018
A raiva é uma zoonose viral (vírus transmitido por animais) que ataca o sistema nervoso e leva à morte em praticamente 100% dos casos.
Existem mais de 10 sorotipos do vírus da Raiva, capazes de causar doenças em humanos.
Fonte: Normas Técnicas de Profilaxia da Raiva Humana – Pág. 07
Todos os mamíferos podem se infectar pela Raiva, mas nem todos conseguem transmiti-la ao ser humano
O único pequeno roedor capaz de transmitir o vírus da Raiva a humano é a marmota.
Demais pequenos roedores (ratinhos, ratos de esgoto, ratazanas, porquinhos da índia, coelhos, lebres, etc) se infectados, morrem antes de conseguir transmitir o vírus ao ser humano.
O vírus é o mesmo nos diferentes ciclos, essa diferenciação é apenas para organizar as áreas de risco para exposição.
Não há grande circulação do vírus da Raiva no sangue (viremia): o vírus circula principalmente pelo sistema nervoso.
Uma vez inoculado, o vírus começa a se multiplicar no ponto de inoculação, atingindo o sistema nervoso periférico mais próximo.
Uma vez no sistema nervoso, ele migra para o Sistema Nervoso Central – SNC (medula espinhal e cérebro) protegido pela camada de mielina.
A partir do SNC, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado na saliva das pessoas ou animais infectados.
O tempo entre o contato com o vírus e o aparecimento de sintomas pode variar de acordo à:
Existem registros de mais de 19 anos de incubação, mas em 90% dos casos este tempo é menor que 1 ano
Via de regra, o período de incubação é de:
Os sintomas dessa fase duram em média de 2 a 7 dias
Nessa fase, o paciente apresenta crises de:
Hidrofobia e aerofobia são muito típicos dessa infecção e ocorrem em cerca de 50% dos casos
Essas crises duram mais ou meno 5 minutos e se intercalam com períodos de normalidade
Elas são desencadeadas por fatores como: estímulos visuais, auditivos (barulhos), táteis ou podem ser espontâneos.
O paciente pode passar para esta fase depois da fase furiosa, mas 20% dos pacientes já passam direto para esta fase. Não apresentando a fase furiosa.
O paciente é relativamente calmo em comparação com uma pessoa com a forma furiosa.
A paralisia é simétrica (igual dos dois lados do corpo)
Pode ser generalizada ou ascendente (podendo ser confundida com a síndrome de Guillain-Barré)
O sistema sensorial geralmente é poupado (a pessoa mantém as sensações de frio, calor, etc)
Este quadro vai gradualmente progredindo para delírio, estupor e, em seguida, coma.
Essa fase se inicia cerca de 10 dias após o início dos sintomas.
Sem medidas intensivas de suporte, a morte chega em horas.
Com o suporte clínico adequado, o paciente ainda pode ter de 3 a 4 meses de vida, mas a morte chega para a maioria dos doentes
Para os pouquíssimos que sobrevivem, geralmente fica uma sequela neurológica importante.
Não existe tratamento para esta doença e a probabilidade de morte para as pessoas infectadas é extremamente alta.
Os poucos que sobrevivem ficam com graves sequelas.
É por isso que a profilaxia é tão importante.
Fonte:
Adorei as informações, bem esclarecedor e assustador também! rs
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